A saúde não está apenas relacionada ao corpo. Depende muito dos
nossos pensamentos e sentimentos. Muitas doenças se desenvolvem devido às
emoções negativas e para ter saúde é importante compreender que somos um
espírito morando em um corpo.
A ignorância, que caracteriza
todos os seres humanos, gera um modo distorcido de compreender a realidade. Não
entendemos quem somos ou o que é a vida. Vivemos de ilusões e para sair dessa
falsa visão do mundo, precisamos compreender a causa da dor e o que nos prende
ao sofrimento. Os pensamentos e emoções errôneas podem nos fazer sofrer tanto
que podem nos conduzir a estados de desequilíbrio mental, energético e físico.
Esse estado de ignorância, de não compreensão, gera os
desequilíbrios da mente e dá origem a três sofrimentos, que podem causar os
desequilíbrios físicos, mentais e energéticos.
Desequilíbrios da mente:
O primeiro desequilíbrio é o apego. Nasce do desejo.
Nasce de nosso olhar, pois muitas vezes vemos algo e imediatamente o desejamos.
Às vezes, se ansiarmos muito por algo, fazemos de tudo para obter aquilo e isto
causa muito estresse. Quando não conseguimos o que queremos, ficamos frustrados,
insatisfeitos, deprimidos e isto causa muitas doenças. Desse modo, esse
conjunto de sintomas vem do excesso de apego.
O segundo desequilíbrio é a
raiva. Ela está latente
dentro de nós, e se manifesta: quando não realizamos nossos desejos, quando
perdemos algo, quando somos insultados, sentimos que nosso território é
invadido ou somos controlados. Sentir raiva é humano, mas o problema não é
sentir raiva de vez em quando, mas reagir com raiva e violência, explodir com
agressividade ou pior ainda, engolir a raiva.
OBS: É importante identificar porque sentimos a raiva, de
onde ela surge. Compreender que ninguém causa a raiva em nós, e sim que ela
está camuflada dentro de nós. Para isto é importante uma autoanálise sincera e
a boa vontade de se libertar dessa emoção tão negativa.
O terceiro desequilíbrio é
a estreiteza mental. É a pessoa
sem horizontes amplos, com uma mente tacanha. Assim como os outros dois
venenos, muitas doenças também surgem dessa característica.
Aprendendo sobre nós veja três estilos diferentes:
O primeiro tipo é agitado,
instável, fala bastante, tem o pensamento rápido, é ansioso. Esse tipo humano é muito sensível ao apego e às doenças ocasionadas
por ele, como doenças mentais ou do sistema nervoso. Mas, isso não significa
que não possa ter outras doenças ou ser afetado por outras emoções.
O segundo tipo está relacionado à
raiva e ao elemento fogo. É agressivo, irritável, e está associado aos tigres e
leões. Está ligado à bílis, ao fígado, à vesícula, ao coração, e são
sensíveis às infecções.
O terceiro tipo é mais sereno,
reage com lentidão, pensa devagar e têm dificuldade de ver com clareza as
situações. Tem a mente presa a detalhes, não tem metas nem ideais. São mais sensíveis às infecções e aos tumores.
Vamos agora
saber quais são os antídotos para contrabalançar nossas tendências naturais e
neutralizar esses desequilíbrios.
Para o primeiro
tipo, os apegados, a melhor maneira de enfrentar é aprender a se desgrudar das
situações. É entender a impermanência e transitoriedade da
vida. Compreender que a vida é uma dança eterna e que muda a todo instante. Não
se pode segurar a vida nas mãos ou querer fixá-la segundo a nossa vontade e
prazer.
Para o segundo
tipo, é preciso ser menos possessivo e diminuir essa noção de posse: eu, meu, minha. É preciso suavizar essa posse e raiva interna. Abrandar
a força do ego negativo, que causa esse temperamento agressivo. Compreender
essa ilusão da posse, pois não possuímos nada, nem ninguém, nem mesmo nosso
corpo ou bens.
Para o terceiro
tipo, para a mente estreita, é indicado ampliar os horizontes com conhecimentos
e sabedoria. Abrir-se para o novo e aprender ensinamentos diversificados
(abrir a mente).
Todos os
seres humanos têm os três temperamentos embora um ou outro temperamento se
manifeste mais intensamente. Descubra qual seu tipo ou tipos e aplique os
antídotos para alcançar mais saúde física, mental e emocional.
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