Manifestantes saíram às ruas em diversas capitais do país na
tarde desta sexta-feira (20) como parte das atividades ligadas ao Dia Nacional
de Mobilização e Greve, organizado pela CUT (Central Única dos Trabalhadores).
Três atos públicos são realizados no centro do Rio de Janeiro. Dezenas de black blocs caminham pelas principais avenidas
do centro da cidade, que precisaram ser interditadas por motivos de segurança.
O grupo saiu da Cinelândia, onde estava concentrado, seguiram pela contramão da
Avenida Rio Branco e depois pela Avenida Presidente Vargas, que precisou ser
interditada em vários momentos.
Em frente à Central
do Brasil, um grupo ligado à CUT (Central Única dos Trabalhadores), à CGT
(Central Geral dos Trabalhadores) e à Força Sindical realiza manifestação
contra a aprovação do projeto de lei 4.330, que dispõe sobre a prestação de
serviço terceirizado.
Em frente à
Assembleia Legislativa, uma terceira manifestação reúne integrantes de partidos
como PCB, PSTU e PSOL, e integrantes da Central Sindical e Popular. O objetivo
principal dos manifestantes é dar apoio aos professores do município do Rio e
do Estado que estão em greve.
Mais cedo, em Campo
dos Goytacazes (RJ), cerca de dois mil manifestantes foram às ruas, entre
professores, servidores e bancários.
Em São Paulo, uma manifestação reuniu cerca de 1.500,00
pessoas, entre professores, bancários, químicos, arquitetos e metalúrgicos, na
avenida Paulista, na área central. A via chegou a ter o trânsito interrompido
nos dois sentidos, mas foi liberado no fim da tarde.
Pela manhã moradores
de santos, no litoral paulista, enfrentam transtornos, por causa de protestos em diferentes pontos da cidade.
Representantes das centrais sindicais bloquearam os principais acessos à
cidade, durante a madrugada, e mantiveram vários estabelecimentos comerciais
fechados.
No Rio Grande do Sul um índio ficou ferido durante protesto,
em frente ao palácio Piratini, sede do governo gaúcho, no centro de Porto
Alegre. O incidente ocorreu por volta das 15h, quando o batalhão de choque da
BM (Brigada Militar) respondeu a uma suposta tentativa de invasão do prédio do
Executivo.
Também à tarde, manifestantes
ocuparam três praças de pedágio, no interior do Estado, nas BRs 116 e 392. Eles
liberaram as cancelas, e a situação é tranquila no local.
Manifestantes
realizaram protesto até o começo da noite em Belo Horizonte, deixando o tráfego lento no entorno da praça Sete de
Setembro, no centro da capital mineira. Segundo a Polícia Militar, o ato foi
pacífico.
Em torno de 350 pessoas, entre trabalhadores e membros de
movimentos estudantis e sociais, interditaram vias do centro de Maceió na
tarde desta sexta-feira, segundo o portal THN1. Entre as principais
reivindicações, estão a derrubada do projeto de lei 4330, jornada de trabalho
de 40h semanais sem redução salarial e o fim do fator previdenciário.
Em Palmas, integrantes de centrais sindicais, do movimento
de moradia e dos trabalhadores sem terra interditaram diversas vias da capital
na tarde de hoje, de acordo com o Jornal do Tocantins.
No Recife,trabalhadores e estudantes
promoveram ato nas ruas próximas à Câmara do Recife, no centro
da capital pernambucana, segundo o portal NE10. Entre as reivindicações, estão
a redução da jornada de trabalho de 44h para 40h semanais, reforma política e
10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a educação e outros 10% para a saúde.
Cinco integrantes do
Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos do Estado foram presos após um
protesto na BR-101. Eles bloqueavam o tráfego na rodovia durante a
manifestação. De acordo com a Polícia Militar, eles foram detidos por violar o
direito de ir e vir e também por desobediência.
Em Brasília, 20 manifestantes invadiram o prédio dos Correios. Os profissionais
pediam a derrubada do veto a um projeto de lei, o PLC083/2007, que pode
anistiar alguns funcionários do órgão que participaram de greves. O local foi
desocupado no fim da tarde de hoje.
À
tarde, um protesto reuniu centenas de pessoas em Natal. Eles saíram em passeata pelas ruas da
cidade de forma pacífica. A chuva que atinge a capital potiguar dispersou os
manifestantes que estavam em frente ao Palácio Felipe Camarão, sede da
Prefeitura de Natal.
Manifestantes
também promoveram atos em Florianópolis e Aracaju na
tarde desta sexta-feira. (Com Agência Brasil)
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