O que é o programa mais médico.
O Programa
Mais Médico faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários
do Sistema Único de Saúde, que prevê investimento em infraestrutura dos
hospitais e unidades de saúde, além de levar mais médicos para regiões onde há
escassez ou não existem profissionais.
Com a convocação de médicos para atuar na atenção básica de periferias de grandes cidades e municípios do interior do país, o Governo Federal garantirá mais médicos para o Brasil e mais saúde para você.
As vagas serão oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros, interessados em atuar nas regiões onde faltam profissionais. No caso do não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceitará candidaturas de estrangeiros, com a intenção de resolver esse problema, que é emergencial para o país. Os municípios não podem esperar seis, sete ou oito anos para que recebam médicos para atender a população brasileira.
Hoje, o Brasil possui 1,8 médicos por mil habitantes. Esse
índice é menor do que em outros países, como a Argentina (3,2), Uruguai (3,7),
Portugal (3,9) e Espanha (4). Além da carência dos profissionais, o Brasil
sofre com uma distribuição desigual de médicos nas regiões - 22 estados possuem
número de médicos abaixo da média nacional.
Ministro da saúde Alexandre Padilha
diz que o programa mais medico não e contra profissionais brasileiros.
“Faltam médicos no país e esse é o
único motivo que nos leva a recorrer a profissionais estrangeiros”, afirmou
ele, que acrescentou que a contratação foi realizada apenas para as vagas que
não foram preenchidas pelos brasileiros. "Nós estamos e vamos continuar
dando prioridade aos brasileiros."
"Não é culpa dos médicos que
temos mais de 700 municípios com déficit de profissionais", acrescentou
Padilha, que reconheceu que o Brasil é um dos países que tem o maior
número de escolas de medicina. Mas, segundo ele, há poucas vagas por escola.
"Se a gente compara o número de vagas por habitantes, o país tem 0,8 vagas
por 10 mil habitantes".
A proposta do ministro para acabar com esse déficit de profissionais
nacionais é ampliar as vagas, criar novas universidades de qualidade,
sobretudo, nas regiões que não tem essas escolas. "Se nós criarmos 11 mil
vagas até 2017, como estamos planejados, nós vamos ter em 2026 a mesma
proporção de mesma proporção de médicos por mil habitantes que tem a Inglaterra
(2,7)". Ainda assim ele relatou que a mudança da sociedade brasileira nos
últimos dez anos também tem exigido uma "alteração na formação dos
médicos".
Já sobre as críticas de que os médicos
cubanos vão receber menos (R$ 4 mil) do que os outros médicos do programa, que
vão ganhar R$ 10 mil, o ministro afirmou que o contrato firmado entre a Opa
(Organização Pan-Americana da Saúde) e o ministério da Saúde é similar ao
formado ao firmado em outros 58 países. E para rebater as críticas relacionadas
aos conhecimentos linguísticos dos médicos estrangeiros, Padilha citou sua
experiência como médico em comunidades indígenas. "Salvei muitos índios e
não sei falar uma língua indígena."
"Ás vezes a gente coloca um
obstáculo como sendo um obstáculo intransponível. E mais fácil e mais rápido
você fazer com que a pessoa que não fale plenamente o português que se
comunique com o paciente do que ficar esperando os seis anos para se formar o
médico."
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