A Divisão de Homicídios
da Polícia Civil do Rio de Janeiro encerrou na manhã desta segunda-feira (2) a
reconstituição dos últimos passos do pedreiro Amarildo de Souza, 43,
desaparecido deste o dia 14 de julho na favela da Rocinha, na zona sul do Rio
de Janeiro.
Marcada
para as 15h deste domingo (1º), a reprodução simulada começou com quase quatro
horas de atraso, às 18h50, por conta de um desentendimento entre as polícias
Civil e Militar. Os trabalhos duraram aproximadamente 16 horas.
A diligência consiste na
primeira fase da reconstituição do desaparecimento do morador da Rocinha.
"Após o término, os dados serão analisados pelos agentes", informou a
assessoria da Polícia Civil.
Participaram da
reconstituição 13 PMs da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da comunidade da
Rocinha, entre os quais o major Edson Santos, ex-comandante da unidade. O
delegado Rivaldo Barbosa, titular da DH e que está à frente da investigação
sobre o sumiço de Amarildo, informou na noite do domingo que os familiares
acompanhariam os trabalhos.
Cerca de 100 policiais
da DH e do Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), a divisão de elite da
Polícia Civil, participaram da reprodução simulada na Rocinha. No início da
reconstituição, por volta das 19h, os agentes levaram um PM para a localidade
conhecida como "Cachopa".
O policial militar, que
não teve a identidade divulgada, pediu para usar um capuz para não ser
identificado, por morar em uma comunidade perigosa. Outro policial solicitou a
mesma coisa. A movimentação dos policiais atraiu a atenção de curiosos e
provocou transtornos no trânsito da Rocinha. Depois disso, o delegado voltou
com o PM para a sede da UPP, e a imprensa foi proibida de acompanhar de perto
os procedimentos.
De acordo com Barbosa, a
reconstituição passaria pelo local onde Amarildo foi abordado pelos PMs da UPP,
nas proximidades da casa do pedreiro na rua Dois, pela sede da unidade --onde a
identidade dele teria sido averiguada-- e pela escadaria por onde ele teria
saído depois de ser liberado.
O delegado afirmou que a
reprodução servirá "para esclarecer dúvidas e omissões em tudo o que já
foi falado até agora nas investigações".
Em entrevista pouco
antes do início da reconstituição, o delegado afirmou que os trabalhos não
tinham hora para acabar. Na ocasião, uma assessora da Polícia Civil, que
acompanhava os trabalhos, estimou que a reprodução duraria em torno de 12
horas.
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