Ação de terroristas no Quênia já dura mais de 24h; Israel ajuda em
resgate.
Subiu para ao menos
59 o numero de mortos ataque a um shopping center
em Nairóbi, no
Quênia, informou neste domingo (22) o governo do país. O ataque já dura mais de
24h. Segundo a agência AFP, forças especiais de Israel se juntaram aos esforços
para libertar os reféns.
"Os israelenses acabam de entrar
e estão socorrendo os reféns e os feridos', declarou uma fonte da polícia que
pediu o anonimato.
VEJA A
LOCALIZAÇÃO DE NAIRÓBI
·
Dois soldados quenianos feridos foram
retirados do centro comercial Westgate, que está cercado por veículos
militares. Ambos estavam conscientes e foram vendados antes de ser levados para
um hospital da capital queniana.
Segundo a rede BBC, os militantes
ainda tem cerca de 30 reféns em seu poder no centro comercial Westgate,
frequentado pela elite queniana e pela comunidade internacional em Nairóbi.
Calcula-se em 175 o número de feridos.
O grupo islâmico AL-Shabab assumiu ontem a autoria do ataque. Eles já haviam ameaçado atacar a capital queniana em 2011, em
represália contra o envio de tropas à Somália.
Ainda há tiros intermitentes sendo
disparados no local na manhã deste domingo, e militares quenianos cercam o
shopping.
Refém consegue fugir
Uma mulher feita refém conseguiu sair do local, neste domingo(22). Imagens de redes de TV do país mostraram o momento em que a
mulher conseguiu acesso a uma das portas de saída do prédio, após ter ficado
retida no centro de compras. Ela estava consciente e chegou a conversar com
jornalistas.
Em entrevista, a sobrevivente relatou
que se escondeu debaixo de um carrinho de compras do supermercado que funciona
dentro do prédio.
Também hoje, dois soldados quenianos
feridos foram retirados do centro comercial Westgate. Ambos os militares
estavam conscientes e foram vendados antes de ser levados para um hospital da
capital queniana.
'Zona de guerra'
Uma testemunha, que falou à BBC por
telefone de dentro do centro comercial, disse que o local parecia "uma
zona de guerra".
"Eu e minha mulher havíamos
saído do banco do shopping e estávamos sentados em um café quando, de repente,
ouvimos tiros sendo disparados do térreo e do primeiro piso", disse
Surajit Borkakoty.
Este é o pior ataque no Quênia desde
a explosão do prédio da Embaixada dos Estados Unidos em Nairóbi, em 1998, que
matou mais de 200 pessoas.
Em um pronunciamento na TV, o
presidente do país, Uhuru Kenyatta, disse que os responsáveis serão
"caçados em qualquer lugar para onde eles corram. Vamos pegá-los e
puni-los por esse crime hediondo".
Ele disse ter perdido membros de sua
própria família no ataque ao shopping Westgate.
Uma autoridade policial local afirmou
à agência de notícias Reuters que os atiradores que permaneciam no shopping
montaram uma barricada dentro de um supermercado.
Cenas de pânico
Os atiradores entraram no shopping
por volta das 12h (5h de Brasília), atirando granadas e disparando com fuzis
automáticos. Centenas de frequentadores do shopping conseguiram fugir do local,
mas alguns ficaram presos do lado de dentro.
Arjen Westra, que tomava café no
shopping no momento do ataque, disse à BBC ter visto cenas de pânico no local.
"Eu podia ouvir o barulho de tiros se movendo na direção da entrada
principal do shopping center, então algumas pessoas saíram correndo do café, em
pânico, e muitas se jogaram ao chão", disse.
O analista de segurança da BBC Frank
Gardner diz que uma fonte dos serviços de segurança contou a ele que ao menos
um dos atiradores era uma mulher, que parecia ter algum posto de liderança no
grupo.
Passadas cerca de sete horas após o
início do ataque, o Al-Shabab disse em sua conta no Twitter que seus
combatentes ainda enfrentavam as forças de segurança quenianas dentro do
shopping Westgate.
O grupo afirmou ainda pela internet
que o governo queniano teria a intenção de negociar o fim do cerco ao shopping,
mas as autoridades afirmaram à BBC que pretendem caçar todos os responsáveis
pelo ataque.
Um dos atiradores teria sido ferido e
preso e morreu posteriormente por conta de seus ferimentos, segundo afirmaram
autoridades locais à BBC. Outros quatro atiradores foram presos.
Estrangeiros
Especialistas em segurança teriam
advertido há tempos que o shopping center, que é ao menos em parte de
propriedade israelense, estaria sob risco de um ataque terrorista.
Testemunhas ouvidas pela agência de
notícias France Presse afirmaram que os atiradores falavam árabe ou somali.
Outras testemunhas ouvidas por outras
agências disseram que eles permitiram que os muçulmanos deixassem o local e
disseram que seus alvos eram os não muçulmanos.
Vários estrangeiros podem estar entre
as vítimas do ataque. Segundo o superintendente do necrotério de Nairóbi, Sammy
Nyongesa Jacob, havia africanos, asiáticos e caucasianos entre os corpos que
chegaram ao local.
O Departamento de Estado dos Estados
Unidos disser ter relatos de que cidadãos americanos estariam entre os feridos
no que chamou de "ato de violência sem sentido".
A Presidência da França afirmou que
dois cidadãos franceses estavam entre as vítimas do ataque, e o ministro
britânico das Relações Exteriores, William Hague, afirmou que "sem
dúvidas" haveria cidadãos britânicos afetados pelo ataque.
O primeiro-ministro do Canadá,
Sttephen Harper, confirmou que dois cidadãos de seu país, incluindo um
diplomata, estão entre os mortos. (Com agências internacionais).
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