Sindicato e
ex-funcionário denunciam orientações de call center para prejudicar usuário
Diretor do sindicato acredita que fiscalização falha da Anatel provoca metas irreais cobradas dos funcionários
O Sindicato dos
Trabalhadores em Telecomunicações de Minas Gerais denunciou, em reunião da CPI
da Telefonia na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (9), que funcionários
de call-center são orientados pelos gerentes a "enrolar" o usuário que
pretende cancelar uma linha.
Segundo
Fernando Cançado, diretor da entidade, vencer o cliente pelo cansaço para
evitar o cancelamento "é norma dentro das empresas".
O sindicalista
levou ao plenário o ex-funcionário de uma empresa prestadora de serviço para a
TIM. Ele afirmou que empresa oferecia até curso para impedir que o cliente se
desfizesse do serviço.
— A demora no atendimento é planejada, o cara tem que esperar até ficar nervoso e desistir.
Cançado também denunciou as metas irreais de vendas e retenção a que os funcionários ficam expostos. Segundo ele, empresas terceirizadas de médio e pequeno porte passaram a agir no mercado sem fiscalização a partir dos anos 2000 como consequência da privatização das empresas do sistema telefônico a partir de 1997.
Segundo o deputado Sargento Rodrigues (PDT), a relação entre empresas e Anatel é "promíscua", o que inibe a fiscalização. "A Anatel só finge que está fiscalizando".
— A demora no atendimento é planejada, o cara tem que esperar até ficar nervoso e desistir.
Cançado também denunciou as metas irreais de vendas e retenção a que os funcionários ficam expostos. Segundo ele, empresas terceirizadas de médio e pequeno porte passaram a agir no mercado sem fiscalização a partir dos anos 2000 como consequência da privatização das empresas do sistema telefônico a partir de 1997.
Segundo o deputado Sargento Rodrigues (PDT), a relação entre empresas e Anatel é "promíscua", o que inibe a fiscalização. "A Anatel só finge que está fiscalizando".
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