O
número de estupros no Brasil subiu 18,17% em 2012, na comparação com o ano
anterior, aponta o 7º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum
Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Em todo o país, foram registrados 50,6
mil casos, o correspondente a 26,1 estupros por grupo de 100 mil habitantes. Em
2011, a taxa era de 22,1.
Os estados com as maiores taxas de
estupro para cada 100 mil habitantes foram Roraima, Rondônia e Santa Catarina.
As menores taxas, por sua vez, ocorreram na Paraíba, no Rio Grande do Norte e
em Minas Gerais. O relatório completo será divulgado nesta terça-feira, 5, em
São Paulo.
Segundo dados do documento, o total de
estupros (50,6 mil casos) superou o de homicídios dolosos (com intenção de
matar) no país. Foram registradas 47,1 mil mortes por homicídio doloso em 2012,
subindo de 22,5 mortes por grupo de 100 mil habitantes em 2011, para 24,3 no
ano passado, uma alta de 7,8%.
Alagoas
continua liderando o ranking de homicídios dolosos com 58,2 mortes por grupo de
100 mil habitantes, mas houve redução da taxa. Em relação a 2011, o índice
recuou 21,9%, ou seja, passou de 2,3 mil mortes em 2011, para 1,8 mil mortes em
2012. No grupo de estados com as menores taxas de morte por grupo de 100 mil
habitantes estão Amapá (9,9), Santa Catarina (11,3), São Paulo (11,5), Roraima
(13,2), Mato Grosso do Sul (14,9), Piauí (15,2) e Rio Grande do Sul (18,4).
A população carcerária cresceu 9,39%.
Em 2011, havia 471,25 mil presos no país, número que saltou para 515,5 mil em
2012. Já as vagas nos presídios cresceram menos - eram 295,43 mil em 2011 e
passaram a 303,7 mil no ano passado, aumento de 2,82%.
Em média, o Brasil tem 1,7 detento por
vaga. Boa parte desses presos (38%) é de provisórios, com casos ainda não
julgados. Em sete estados, mais de 50% da população carcerária ainda aguardam
julgamento: Mato Grosso (53,6%), Maranhão (55,1%), Minas Gerais (58,1%),
Sergipe (62,5%), Pernambuco (62,6%), Amazonas (62,7%) e Piauí (65,7%).
O gasto total com segurança pública
totalizou R$ 61,1 bilhões no ano passado, um incremento de 15,83% em relação ao
ano anterior. Investimentos em inteligência e informação alcançaram R$ 880
milhões, ante R$ 17,5 bilhões em policiamento e R$ 2,6 bilhões em defesa civil.
São Paulo foi o estado que destinou mais recursos ao setor: R$ 14,37 bilhões,
dos quais R$ 5,73 bilhões foram usados apenas com o pagamento de
aposentadorias.
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