Há
algumas décadas, a reciclagem entrou na pauta mundial, chamando atenção para a
necessidade de se reaproveitar papéis, plásticos e outros materiais em novos
produtos. Hoje, a prática aumentou de escala, e uma das tendências de
reciclagem é a utilização de contêineres, antes usados apenas como embalagens
de transporte marítimo, como residências e pontos comerciais.
Essa oportunidade de negócios fez com
que surgisse no Brasil, em 2008, a primeira rede de contêineres multimarcas
do mundo, o Grupo Container, franquia que trabalha desde lojas de roupa a
salões de beleza e temakerias. "Percebemos que o aluguel de pontos
comerciais estavam ficando mais caros e resolvemos vender uma alternativa aos
empresários", conta André Krai, dono do grupo.
Os módulos do material variam de
R$ 19 mil até R$ 500 mil, o que equivale a uma economia de 30% a
40% em relação a uma construção normal, pois são eliminados os gastos com
fundação e alvenaria da obra. Apesar disso, André Krai conta que, no início da
empreitada, o público brasileiro "torcia o nariz" para a novidade,
que pouco tempo depois se tornou algo moderno e cool.
Vantagens e cuidados
Apostando nesse diferencial, a
empresária Patrícia Santiago abriu há um ano em Salvador uma unidade da
Container Ecology Store, franquia do Grupo Container. "Quis trazer para a
cidade uma loja de roupas diferente. O público se empolgou e até hoje
temos muita visitação", diz ela.
Além do baixo custo, do design chamativo e da durabilidade (a vida útil de um contêiner é de 90 anos), outro benefício apontado por quem investiu em contêineres é a mobilidade. "Se o ponto ficar saturado, por exemplo, o empresário não perde o investimento, ele pode simplesmente transportar o negócio para outro local", explica Joel Fernandes, proprietário do Container Espeto Bar.
Além do baixo custo, do design chamativo e da durabilidade (a vida útil de um contêiner é de 90 anos), outro benefício apontado por quem investiu em contêineres é a mobilidade. "Se o ponto ficar saturado, por exemplo, o empresário não perde o investimento, ele pode simplesmente transportar o negócio para outro local", explica Joel Fernandes, proprietário do Container Espeto Bar.
Loja
de roupa Ecology Store funciona em um contêiner.
A ideia de trabalhar o material como
bar deu tão certo que Fernandes, há oito anos no ramo de restaurantes, pretende
franquear o negócio. "Outra unidade será inaugurada em dezembro, em Lauro
de Freitas, e, a partir daí, quero oferecer a franquia em diferentes
formatações de módulo", conta ele.
O sucesso dos empreendimentos depende,
no entanto, de alguns cuidados em relação à natureza do material utilizado, e o
primeiro deles é a higienização adequada, uma vez que os contêineres podem ter
sido usados para o transporte de cargas perigosas. "É preciso cobrar do
vendedor documentos que comprovem o tipo de carga transportada, para evitar o
risco de contaminação", explica a analista da Unidade de Economia Criativa
do Sebrae-Bahia, Cristiane Serra.
O projeto de decoração do negócio
também deve ser condizente ao local em que ele funciona, principalmente porque
a própria estrutura metálica já representa um elemento decorativo. "Uma
dica é contratar um bom serralheiro, para construir as portas e divisórias do
ambiente", diz Joel Fernandes.
Se a intenção for manter o clima de
baixo impacto ambiental, caixotes de madeira podem ser aproveitados como
prateleiras e corrimãos de ônibus podem se transformar em araras de roupas.
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