Aiyê, ou simplesmente Ilê, é o mais antigo bloco afro do
carnaval da cidade de Salvador, no estado da Bahia, Brasil. Criado e 1 de
novembro de 1974, o Ilê
foi o primeiro bloco afro do Brasil e hoje constitui um grupo cultural de
luta pela valorização e inclusão da população afrodescendente inspirando a criação de muitos outros
grupos culturais no Brasil e no mundo
Hoje em dia, o Ilê Aiyê é hoje um patrimônio da cultura baiana, um marco no processo de
africanização do carnaval da Bahia.
O objetivo da entidade é preservar, valorizar e expandir a
cultura afro-brasileira. Para isso, desde que foi fundado, vêm homenageando os
países, nações e culturas africanas e as revoltas negras brasileiras que
contribuíram fortemente para o processo de fortalecimento da identidade étnica
e da autoestima do negro brasileiro, tornando populares os temas da história
africana vinculando-os com a história do negro no Brasil, construindo um mesmo
passado, uma linha histórica da negritude.
O seu movimento rítmico musical, inventado na década de 1970,
foi responsável por uma revolução no carnaval baiano. A partir desse movimento,
a musicalidade do carnaval da Bahia ganha força com os ritmos oriundos da tradição
africana favorecendo o reconhecimento de uma identidade peculiar baiana,
marcadamente negra. O espetáculo rítmico-musical e plástico que o bloco exibe
no carnaval emociona baianos e turistas e arranca aplausos da população.
A riqueza plástica e sonora do Ilê Aiyê retoma todas as
formas expressadas na evolução dos movimentos de renascimento negro-africano,
negro-americano ou afro-americano, as decodifica para o contexto específico da
realidade baiana, sem perder de vista a relação de identificação entre todos
"os negros que se querem negros" em qualquer parte do mundo,
ressaltando sempre o caráter comum da origem ancestral, de um passado comum que
os irmana.
Com 3 mil associados, o Ilê Aiyê é, hoje, um patrimônio da
cultura baiana, um marco no processo de africanização do carnaval da Bahia.
Conhecido como "o mais belo dos belos", o Ilê Aiyê
tem um ritual antes de iniciar o seu carnaval. Na ladeira
do Curuzu do bairro da Liberdade, o bloco reúne os associados, a comunidade e visitantes dos quatro cantos do mundo para
"abrir os caminhos" pedindo permissão aos donos da rua para sair e fazendo pedidos de paz e felicidade aos orixás.
O Ilê compreende não apenas um bloco carnavalesco:
caracteriza-se, também, como uma entidade de militância negra, contando com
ações de valorização da cultura e de combate ao racismo.
A Liberdade é um populoso bairro de Salvador, capital do estado da Bahia, no Brasil.
Localizado no alto do platô que divide a cidade baixa, onde está o cais do
porto, da parte elevada (cidade alta), a Liberdade possui uma grande
concentração populacional, em geral de baixa renda. Possui uma vida comunitária
própria, podendo ser considerada uma "cidade" própria dentro da
metrópole de Salvador.
É um bairro muito alegre, onde sempre há
festas. Na Liberdade, há também um plano inclinado. Da Liberdade, surgiu a Associação Cultural Ilê Aiyê bloco de carnaval
que cultiva as raízes africanas e que desenvolve um trabalho social que busca
resgatar a autoestima do povo negro, a partir de ações afirmativas.
Antagonicamente, é considerado, atualmente, um dos bairros mais violentos da
capital baiana, com altos índices de criminalidade.
Plano inclinado Liberdade-Calçada
Liga a Liberdade ao
bairro da Calçada e foi inaugurado em 13 de março de 1981. Aproximadamente, 12
000 pessoas usam o sistema de segunda a sexta-feira, sendo 6 500 somente aos
sábados e mais 2 500 aos domingos. Antes da existência do plano, havia, no
local, uma ladeira chamada “ladeira do inferno". Rodeada por mato, a menor
chuva resultava em muita lama. As pessoas eram obrigadas a descer agachadas.
Apesar disso, muita gente, na época, usava esse caminho para ter acesso à
Calçada. O Plano inclinado da Liberdade-calçada, atualmente, encontra-se
sucateado, não mais funcionando devido à péssima gestão do prefeito de Salvador
João Henrique carneiro Essa edificação serve hoje como esconderijo de malandros
e usuários de drogas. Algumas pessoas se arriscam a descer sua íngreme
escadaria, com risco de quedas e assaltos, para obterem acesso mais rápido ao
bairro da Calçada.
Muzenza
Nascido em 1891
na Ladeira de São Cristóvão (no
bairro da Liberdade), teve por base o conceito histórico-literário contido no
nome do bairro da Liberdade - que assim foi batizado por ter sido um dos
cenários da Batalha de Pirajá, onde
80% das forças populares eram formadas por negros. O nome do bloco é um termo
de origem Batum Kikongo,
equivalente à Iaô, da nação Nagô, (Iaô é uma figura feminina da religiosidade africana).
O Olodum é um bloco-afro do carnaval da cidade do salvador na Bahia. Foi fundado em 25 de abril de 1979 durante o período carnavalesco como opção de lazer aos moradores do Maciel-Pelourinho, garantindo-lhes assim, o direito de brincarem o carnaval em um bloco e de forma organizada. É uma Organização não Governamental (ONG) do movimento negro brasileiro.
Desenvolve ações de combate à discriminação social, estimula a autoestima e o orgulho dos afro-brasileiros, defende e luta para assegurar os direitos civis e humanos das pessoas marginalizadas, na Bahia e no Brasil.
Escola
Olodum
A
Escola Olodum tem como missão o desenvolvimento da cidadania e preservação da
cultura negra, oferecendo um saber afro brasileiro e novas formas de
conhecimentos adicionais àqueles adquiridos no sistema formal de ensino.
Esse
projeto pioneiro de educação popular afro brasileiro teve origem no projeto
Rufar dos Tambores, desenvolvido em 1984, pelo Olodum, composto de aulas
gratuita de percussão de bloco afro, e dos cursos afro - brasileiros de curta
duração.
Inicialmente
visava atender uma solicitação da comunidade do Maciel/Pelourinho para que
fosse formada uma banda de percussão
integrada por crianças e adolescentes do bairro.
Eles
viviam em situação de risco e vulnerabilidade social e sem perspectivas de
integrar-se socialmente por conta do estigma marginal que na época existia
contra os moradores da área.
Fundação Jorge Amado (largo do pelourinho) |
Praça terreiro de Jesus |
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