Paula
Eckhardt é portadora da síndrome de Klippel-Trénaunay-Weber.
Após divulgação de sua história, jovem diz que recebeu e-mails de apoio.
Portadora de uma síndrome rara, Paula Eckhardt diz que vai
entrar com uma ação judicial contra o Estado do Rio grande do Sul para conseguir tratamento
médico em São Paulo. A jovem natural de Santa Clara do Sul, no Vale do Taquari,
busca há mais de dois anos atendimento médico no sistema de saúde pública do
estado, mas sem sucesso.
A ideia partiu
de um amigo advogado, que ficou sabendo das dificuldades da gaúcha de 23 anos e
se propôs a ajudar. Desde 2011, ela tenta conseguir tratamento para a síndrome
de Klippel-Trénaunay-Weber, condição considerada rara e ainda incurável pela
medicina, mas que pode ser controlada.
“Tenho amigos que não sabiam do processo administrativo que está
correndo, apesar de saberem do meu problema. Eles me alertaram para uma lei que
exige o tratamento fora do domicílio, caso não tenha os recursos onde moro. O
Estado é obrigado a pagar e assim posso ter uma resposta mais rápida”, diz
Paula.
A jovem convive desde que nasceu com a síndrome, que provoca alteração
nas ramificações de veias e artérias e causa hipertrofia de membros e outras
partes do corpo, entre outros sintomas. No caso dela, a condição afeta a perna
direita, 2,75 centímetros maior que a esquerda.
Segundo o relato de Paula, durante anos ela percorreu hospitais e
clínicas do Rio Grande do Sul, mas nunca obteve um prognóstico animador. Só em
2011, após consultar com um especialista em São Paulo, foi informada da
possibilidade de tratamento. Só o exame inicial, no entanto, custaria cerca de
R$ 17 mil, além de outras despesas, recursos que a família não dispõe.
Jovem recebe ajuda
de portadores da mesma síndrome de todo o Brasil
Minha caixa de
e-mail está lotada. Muita gente mandou mensagens, algumas falando palavras de
apoio, outras oferecendo ajuda. Estou respondendo um por um. Uma mulher do Rio
de Janeiro entrou em contato pedindo ajuda para um sobrinho que nasceu na
África e convive com a enfermidade há 1 ano e 4 meses”, contou a jovem, feliz
com a repercussão.
Com a troca de experiências pela internet, Paula entrou para um fórum
de portadores da mesma síndrome. Ali, ela conseguiu contatos de instituições no
país que realizam esse tipo de tratamento. Uma das indicações foi enviada por
Marcela Santana, biomédica paulista que realiza o tratamento no Hospital das
Clínicas de São Paulo.
“Faz pouco tempo que faço o tratamento, apenas três anos. Mas se
somasse tudo já teria gastado R$ 20 mil”, diz Marcela, que participa da
Associação Brasileira das Pessoas com Hemangiomas e Linfangiomas e organiza
encontros de portadores da síndrome
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