Cobertura
mais ampla inclui 37 remédios contra câncer e 50 procedimentos.
Sessenta milhões de usuários serão beneficiados.
Sessenta milhões de usuários serão beneficiados.
Uma cobertura
mais ampla para o tratamento de câncer era uma antiga reivindicação. A partir
desta quinta-feira (2), os planos têm que fornecer aos pacientes 37
medicamentos via oral. Um deles é o Dimorf, remédio que a chef de cozinha
Camila Von Gerlach todos os dias, desde que descobriu um sarcoma - tipo de
câncer agressivo, nos ossos do joelho.
Esse não é o único medicamento que ela toma. “Eu gasto em torno de três
mil por mês em medicação e suplementos e é muito complicado. Eu vou passar
agastar uns R$ 350, porque suplementos não fazem parte”, conta Camila Von
Gerlach, Chef de cozinha
O plano de saúde pode fornecer o remédio direto para o cliente ou
através de uma farmácia conveniada. O paciente também pode comprar o
medicamento e pedir o reembolso, de acordo com a Agência Nacional de Saúde
suplementar. O problema é que isso vale a partir desta quinta-feira (2), mas
nem todos os planos informaram aos usuários como eles vão receber os remédios.
“Eles não sabem
que tipo de avaliação que eu vou ter que fazer para conseguir este medicamento
especial. Na realidade, eles ainda não estão preparados para atender a esta
demanda. Essa é a minha preocupação”, comenta Camila.
Além dos medicamentos contra o câncer, foram incluídos desta vez 50
novos exames, consultas e cirurgias, como as feitas por videolaparoscopia, que
são menos invasivas.
A agência também definiu critérios para diagnóstico e tratamento de 29
doenças genéticas. De acordo com a ANS, 60 milhões de usuários serão
beneficiados. Os planos que não cumprirem as normas serão multados em até cem
mil reais.
Em janeiro do ano que vem será avaliado o impacto da mudança para ver
se os planos vão ficar mais caros. Mas para a ANS alguns procedimentos vão até
reduzir os custos.
“Vários exames
preventivos, os medicamentos, você evita complicações, evita que o paciente
seja deslocado pra um hospital. Além de dar uma qualidade de vida melhor para o
beneficiário, evita usar outras tecnologias que poderiam ser até mais caras
nesse caso”, comenta Karla Coelho, gerente de assistência à saúde ANS.
A jornalista Eliane Canegal fez tratamento para câncer por cinco anos.
Agora, está curada, mas sabe o quanto a mudança pode ajudar outros pacientes.
“Além do psicológico que fica abalado, você ainda tem a preocupação de ter que
ter o dinheiro todo mês para arcar com estes remédios. Então, realmente é uma
medida que vai trazer muitos benefícios para as pessoas que precisam enfrentar
esta doença que não e fácil”, comenta.
Clique neste link e
confira a lista dos 37 medicamentos
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confira alista completa dos procedimentos novos.
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